quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Administração de Equipe/Empresa

Parceria de boas idéias devem ser divulgadas por todo o Brasil. Nesse sentido o artigo de Uberlândia chega ao Rio Grande do Sul através da empresa MZM Sports e do blog do treinador Luís Fernando Moretto.

Metas, objetivos, competitividade e resultados, algumas das palavras mais comuns no nosso dia-a-dia, alguém tem dúvidas que estamos em uma busca constante por estes caminhos?
Não há como evitar estes novos modelos de administração, o esporte é um grande exemplo disso e nossas equipes uma grande oportunidade de colocar em prática alguns conceitos.
Muitas empresas têm aprendido muito com o esporte e com exemplos de atletas, mais acho que esta na hora de  aprendermos com algumas empresas. Pois o alto-rendimento também necessita de controle e avaliações, de estratégias bem definidas e principalmente de planejamento e organização.
Muitos devem estar se perguntando - Estamos falando do que? Minha resposta é simples e objetiva, de Esporte, Equipe e mais precisamente do Futsal.
De uma equipe que precisa de conceitos baseados na organização de grandes empresas.
Se analisarmos melhor o que ocorre no nosso dia-a-dia, vivemos a mesma rotina, pois estamos constantemente lotados de compromissos, cobranças, pressões e principalmente tentando driblar a famosa concorrência (adversários).
E para nos mantermos no topo, faz-se necessário estar muito atento principalmente aos nossos problemas, com olhos voltados para nossa equipe, analisando sempre o que temos a melhorar.
Na prática nem sempre isso ocorre ,  já que muitos perdem tempo se preocupando com a concorrência (adversário), e esquece que essa preocupação acaba minando as suas expectativas, o triste comportamento da comparação, gastam seu precioso tempo comparando-se com os outros sem se preocupar consigo mesmo. Perdem tempo focado no problema e esquecem de buscar as soluções.
O grande desafio é sobreviver às inúmeras mudanças, a nova realidade, a falta de atletas preparados para este novo momento que requer um grande envolvimento na busca de soluções.
Muitas vezes, resultados anteriores disfarçam problemas, outras vezes, algumas vitórias ocultam dificuldades e tudo parece ir bem, entretanto, a primeira derrota pode não causar grandes preocupações a equipe, mais uma série de resultados negativos poderão evidenciar o problema. E ai, o que fazer?
Se rapidamente resolvidos poderão restaurar a equipe, mais se forem protelados irão ocasionar tensões, e é exatamente neste momento onde as discordâncias provocarão conflitos internos e externos também, com prejuízos a todos os envolvidos.
E então iniciasse o período de caça aos culpados, os atletas culpam os responsáveis técnicos da equipe, os responsáveis técnicos culpam os diretores, os diretores culpam ambos e a ordem se alterna de equipe para equipe, dependendo sempre do grau de envolvimento e de produtividade de cada setor, normalmente o mais frágil acaba recebendo todo o mérito da falta de produção. O que nem sempre è verdadeiro, pois como sabemos achar culpados nessa hora é eximir-se de responsabilidades.
Com o ciclo de turbulências instalado no grupo, as famosas reuniões ocorrem com mais freqüência, muitas delas sem necessidade alguma, com caráter apenas punitivo. Os atletas não se envolvem mais, se eximem de colocar seu ponto de vista, e os responsáveis aproveitam para exercer ainda mais pressão sob suas cabeças. A tentativa de convivência pacifica há muito tempo foi deixada de lado e deu lugar ao período de socorro, o famoso SOS esta acionado e “quem pode mais, chora menos”.
De início essas reuniões são temidas, depois passam ao processo em que se tornam improdutivas e desnecessárias, ao ponto de deixar de acontecer e achar que não adianta mais falar.
Nossa! Quanta dificuldade não é mesmo? O que fazer diante de tudo isso? Como sair dessa situação incômoda? Como voltar a produzir resultados? Essas e outras centenas de perguntas são lançadas ao ar, e o que è pior, muitas delas acabam mesmo sem respostas. Como é importante conhecer tudo isso, para evitar que as coisas cheguem a este ponto, pois realmente é sempre muito complicado reestruturar um momento como este, mais se faz necessário, portanto, temos que encontrar uma solução para que tudo se resolva, pois muitas vezes este tipo de problema serve apenas como uma forma de testar o poder de resiliência do grupo.
Avaliar e reavaliar o grupo, resultados, desempenho, entre outros fatores, tudo isso é primordial ao bom andamento das coisas, buscar o envolvimento de todos, fazer com que todos participem e tenham liberdade na construção do trabalho, autonomia de decisão, e principalmente a coragem para assumir responsabilidades diante de fatos e momentos difíceis como esse.
Uma “crise” não se inicia de um dia para o outro, portanto, não se resolve também da mesma forma, é necessário estar atendo aos movimentos, e substituir reuniões que visam apenas achar culpados, por encontros informais que indiquem soluções.

Muitas equipes são formadas da seguinte maneira:

-Monta se a estrutura física e o corpo diretivo; 
-Monta-se uma comissão técnica; 
-Contratam-se atletas, oriundos de vários lugares; 
-Estabelece as metas e objetivos; 
-Pois bem, poderia listar ainda mais tópicos neste espaço, mais o objetivo é ir direto ao ponto principal, então, vejamos:

Esta ordem é constantemente alterada, pois muitas vezes o técnico vem depois dos atletas. Os atletas não atendem o perfil da equipe e muito menos da filosofia de trabalho do técnico. A estrutura e precária, pois pensam que os profissionais apenas precisam receber seus salários em dia.
O grupo formado pelos diretores se reúnem e aparecem apenas no dia da apresentação da equipe, quando muito fazem…e ai então, estabelecem as metas e objetivos de uma forma bem simples e grosseira, “queremos isso” viram as costas e aparecem de vez enquando apenas pra cobrar resultados, mais esqueceram de discutir o principal: “como fazer para alcançar tudo isso”.
Então chega a minha vez de perguntar, como tudo isso pode dar certo??? Julgo sempre muito complicado buscar objetivos dessa forma, falar apenas o que quer não é planejamento, planejamento é estabelecer uma linha de trabalho para saber “como se pode alcançar”, significa também exercer um monitoramento das ações do grupo, avaliando e reavaliando constantemente tudo o que ocorre de bom e também de ruim dentro dele, decidindo no momento certo e de forma descentralizada o passo seguinte.
Por isso a necessidade de confrontar informações e idéias de uma forma profissional, sem impor o ponto de vista, querendo ser o “dono da verdade”, pois isso poderá inibir a opinião de uma terceira pessoa, impedindo o processo de construção e formação de opinião.
Como disse anteriormente, uma “crise” não inicia de um dia para o outro, o vírus se instala e vai contaminando todas as áreas e rapidamente toma conta de tudo, e se tardamos a resolvê-lo “curá-lo” pode sim ser tarde demais, então é importante estar atento a tudo, pois embora não seja tão obvio, ele normalmente se apresenta igual para todos, de uma forma crescente e sob pontos específicos do trabalho, assim segue um caminho, minando as etapas e os setores.

Abaixo apresento um caminho, que embora não seja exatamente nessa ordem, costuma seguir estes sintomas, são eles:

-Falta de competitividade e envolvimento; 
-Rotina no trabalho; 
-Falta de comando e insubordinação; 
-Ausência de comunicação entre os envolvidos; 
-Lentidão para tomada de decisões; 
-Surgimento de conflitos, (de parceiros a rivais); 
-Perda do foco nas metas e objetivos; 
-Atos freqüentes de indisciplina, descompromisso; 

RESULTADOS NEGATIVOS; 

-Perda da credibilidade e identidade; 
-Caos, momento da salvação individual. 
-Percebam que o item em destaque RESULTADOS NEGATIVOS, aparece nesta lista quase na ultima posição, para demonstrar quantas coisas são negligenciadas antes dos “resultados negativos”, por isso caros amigos, quando o resultado negativo aparece, muitas coisas já caminhavam para isso acontecer, o que houve é que possivelmente não nos demos conta ou fingimos não vê-los.
Os passos seguintes aos resultados são apenas a confirmação de que o vírus tomou parte de tudo e que não resta mais nada a fazer a não ser instalar o período de reconstrução do trabalho, cuidando para que o erro não torne a se repetir em outros momentos.

Olhos atentos, conceitos bem definidos e acima de tudo… Muito trabalho na busca por resultados melhores. Honestidade no trabalho, envolvimento de todos, priorizando os objetivos coletivos e não permitindo espaço para as vaidades pessoais.

Fonte : 

Prof. Marcos Xavier de Andrade
Graduado em Educação Física – Cref 1.717 G/SC
Especialista em: Ciência do Movimento Humano Fisiologia do Exercício

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